Dezembro 7, 2024
1. O Padre Jacques Sevin, S.J.
Jacques Sevin nasceu em Lille, França, a 7 de dezembro de 1882. Em 1900 entrou para o Noviciado dos jesuítas, tendo sido ordenado presbítero em 1914, na Bélgica.
Em 1913 conheceu pessoalmente Baden-Powell (B-P), fundador do Escutismo, de quem se veio a tornar amigo, bem como o Cardeal católico Francis Bourne, clérigo muito interessado pela temática e apoiante da mesma. Nessa altura, Sevin começou a estudar profundamente o Escutismo.
Em 1917 fez ensaios clandestinos de Escutismo, em Mouscron (Bélgica), e redigiu a sua mais célebre obra ‘O Escutismo’. Neste livro desenhou os princípios gerais do Escutismo Católico, na mais estrita fidelidade às intuições de B-P mas dando-lhe o complemento decisivo de uma leitura à luz do Evangelho. Em 1921 foi condecorado por B-P com a mais alta condecoração escutista: o Lobo de Prata.
Em 1924 foi chamado a Roma para aí ‘defender’ o Escutismo, tendo reunido com membros de diferentes dicastérios e, inclusive, com o Santo Padre Pio XI (várias dúvidas eram levantadas, nomeadamente uma certa suspeição derivada da origem anglicana de B-P e ainda uma certa aparência de neo-paganismo panteísta na relação entre o Escutismo e a Natureza). Depois de o escutar, o Sumo Pontífice terá afirmado: “nós só temos a desejar o crescimento da vossa obra, não apenas em quantidade, mas também em qualidade; se bem que em obras deste género a quantidade também tem a sua importância”.
Desta viagem, o Pe. Sevin extraiu, com humildade, cinco lições: firmeza nos princípios e na sua aplicação; noção mais exata da fraternidade; maior ligação às outras obras católicas; prudência; equilíbrio entre as coisas religiosas e a sua estima pelo Escutismo.
Em 1945 fundou a Congregação de Santa Cruz de Jerusalém.
Atualmente o seu processo de (eventual) beatificação encontra-se em curso.
Baden-Powell terá afirmado: “A melhor realização do meu pensamento é aquela de um jesuíta francês”, referindo-se ao Pe. Sevin (Cfr. Website dos SGdF)